quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Confundo o meu rosto com o rosto da multidao




Confundo o meu rosto com o rosto da multidao 

Sao para nao saberem que domino a solidao.

Escrevo as minhas palavras 
Na voz das asas do silencio so para nao saberem 
Que sei voar.

Renasco 
Em todos seculos de vida em que digo que morri. 
Sou uma metamorfose de mil e um dias transparentes. 
Sonho sempre que acordo, depois de dormir 
muito pouco e por isso, sonho muito. 
Sou livre porque a prisao onde todos estao 
E a mesma que os proprios criaram. 
Sou livre, porque reconheco a liberdade. 
Sei estar so para saber ser livre 
E enquanto a multidao procurar uma saida 
No meio de tantos outros rostos 
Nao entendera que a saida, esta na porta 
Da solidao.

RP/ Lisboa