Confundo o meu rosto com o rosto da multidao
Sao para nao saberem que domino a solidao.
Escrevo as minhas palavras
Na voz das asas do silencio so para nao saberem
Que sei voar.
Renasco
Em todos seculos de vida em que digo que morri.
Sou uma metamorfose de mil e um dias transparentes.
Sonho sempre que acordo, depois de dormir
muito pouco e por isso, sonho muito.
Sou livre porque a prisao onde todos estao
E a mesma que os proprios criaram.
Sou livre, porque reconheco a liberdade.
Sei estar so para saber ser livre
E enquanto a multidao procurar uma saida
No meio de tantos outros rostos
Nao entendera que a saida, esta na porta
Da solidao.
RP/ Lisboa