quinta-feira, 27 de novembro de 2014

SEM CULPAS




SEM CULPAS

É por demais triste 
quando o par se ama 
e não se compreende. 
Quando os objetivos 
não se confluem. 
Quando os espíritos 
não se harmonizam 
por mais que se tente.

Assim, nos magoamos 
mais que nos mimamos. 
Ferimo-nos mais 
do que nos curamos. 
E ficamos perplexos 
por tanto dissídio, 
pois também tanto, 
de fato nos amamos.

Por que não podemos 
apenas sermos felizes, 
se o principal nós temos, 
melhor, nós queremos. 
Será que nos falta aptidão? 
Será que é infantilidade? 
Pior, será que somos adeptos 
e apologistas da infelicidade?

Juro a você que eu não sei. 
Mas sei que muito te quero 
e que em demasia sou sincero, 
quanto a esse meu bem-querer. 
Sei ainda que não sou o culpado, 
e que também, não culpo a você. 
Sei... Que estou sofrendo muito, 
só não sei... O que pensa você!

Antônio Poeta