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Quem sabe um dia, antes do adeus e das despedidas, bem antes do último suspiro, do último aceno e da última lágrima... Quem sabe muito antes de toda e qualquer eternidade... eu te beije de verdade! Quem sabe eu te murmure um poema de amor, daquele amor que não pude te dar, porque o tempo passou ligeiro, porque a vida passou depressa e (simplesmente) porque nós passamos em tempos diferentes. Eu com muitas vidas... Você aprendiz dela! Ora... então quem sabe um dia, muito além de todas as regras... muito além de todas as idas e vindas... muito além de todos os nossos desencontros... Eu te encontre, te abrace e beije... de forma infinita e sem hora de parar. Quem sabe um dia... bem depois do sonho e antes do pesadelo... eu te morda a pele e o corpo inteiro, dos pés a cabeça... passando por cada pedaço dos teus pecados. Quem sabe um dia eu deixe de ser apenas pseudo poeta... Quem sabe eu pare de viver tanta racionalidade e esperar tantos resultados práticos. Quem sabe eu realmente tome coragem de ser eu mesmo, me lance no abismo da tua sentimentalidade, te peça desculpas e diga (murmurando em teus ouvidos) ... ME PERDOE A AUSÊNCIA... DESDE SEMPRE EU TE AMO!
(Adriano Hungaro)