sexta-feira, 10 de junho de 2016

Ah se o vento o soprasse agora



Ah se o vento o soprasse agora
e macerasse baixinho
como se fosse vinho
todas as dúvidas
como se fossem uvas

Ah se a certeza viesse agora
no brilho natural das coisas certas
como se fossem espigas maduras

Ah se a noite não fosse tão serena
e os grilos não se ouvissem
talvez as estrelas acudissem
e te levassem um pouco
desse querer louco
que sobram nos abraços que me dou

*são reis*