Você vai e vem sem nunca chegar aqui. O que acontece no caminho que te traz de volta?
Quantas curvas são necessárias pra te fazer repensar o percurso?
Já pensei em construir uma ponte que ligue tuas intenções aos meus anseios... Mas já pensou quanto de conteúdo humano é possível se perder em uma construção dessas?
Quantas vezes os sentimentos serão gritados até perder a voz? Quantas estradas serão necessárias percorrer para se perceber que os calos sob meus pés já expõem minha estrutura óssea e imploram pra parar?
Quantos corações ainda conquistarei nessa busca sem fim, até que eu perceba que aquilo que eu procuro, incoerentemente eu deixei pra traz?
Quem sabe o futuro em um túnel do tempo aperfeiçoado e maravilhosamente adequado me traga o passado que me pertence e se faz presente no silêncio do meu quarto.
Quanto de mim mesmo ainda esconderei na esperança que alguém me revele aquilo que eu mesma pareço não querer ver?
Talvez a vida me surpreenda e ela mesma me descubra, faça uma revelação da minha própria alma, antes mesmo de eu conseguir entende-la.
*Gil Façanha *